Dia 9 de dezembro – Dia do Fonoaudiólogo
Processo Histórico
Antes da vinda da Família Real para o
Brasil não havia qualquer modelo de assistência à saúde direcionado à
população. A atenção a saúde era realizada por meio de plantas e infusões.
Com a chegada da Família Real em 1808
foi necessário organizar um sistema sanitário, então D. João VI funda o colégio
Médico e a Escola de Cirurgia no Rio de Janeiro. Até 1850 ações de saúde foram
limitadas a: saneamento mínimo e controle dos portos.
Com a instauração da República, o então
presidente Rodrigues Alves nomeia o médico Oswaldo Cruz para medidas
importantes de epidemias e Carlos Chagas para reestruturar o Departamento
Nacional de Saúde em 1920.
Em 1923 foi aprovada a Lei Eloi Chaves
que institui as Caixas de Aposentadoria e Pensão (CAP). Em 1930 com Getúlio
Vargas criam-se os ministérios da educação e as CAPs são substituídas pelos
Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAP). Em 1941 ocorre a Reforma Barros
Barreto, com a criação de órgãos de combate as endemias, instituição de órgãos normativos
e criação de programas de abastecimento de água e esgoto.
Em 1967 cria-se o INPS (Instituto
Nacional de Previdência Social) e posteriormente em 1978 substituído pelo
INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social). Em 1987
estabelece-se o Sistema Único e Descentralizado de Saúde (SUDS) que em 1988
seria substituído pelo Sistema Único de Saúde (SUS) promulgado na Constituição
Federal.
Com a instauração do SUS a Fonoaudiologia
teve mais visibilidade principalmente nas secretarias de saúde e da educação,
porém os atendimentos eram clínicos individuais, voltados essencialmente para a
reabilitação. Pela formação clínica era difícil ao fonoaudiólogo propor e
realizar ações de cunho coletivo, então os profissionais eram direcionados a
ambulatórios de saúde mental e hospitais.
Com o tempo os fonoaudiólogos passaram
a ser contratados pelas secretarias de saúde e inseridos no atendimento na
atenção primária, mas o atendimento continuou a ser organizado sob a ótica
clínico-reabilitadora que não correspondia às bases doutrinárias do SUS.
Sentiu-se então a necessidade, por
parte dos profissionais e instituições de ensino, da busca por novos
conhecimentos e conceitos que reorientassem a organização e as ações dos
serviços de fonoaudiologia à proposta do sistema de saúde vigente. Com isso
conceitos e práticas começaram a ser revistos e alguns fundamentos
epidemiológicos passaram a ser incorporados. O fonoaudiólogo passou a assumir
novos posicionamentos, participando de forma mais efetiva na construção do SUS.
A inserção e o crescimento do
fonoaudiólogo na saúde coletiva foi fortalecido por algumas legislações (RENAST
– Rede Nacional de Atenção Integral da Saúde do Trabalhador, e a Política
Nacional de Saúde Auditiva).
O Conselho Federal de Fonoaudiologia,
junto aos Conselhos Regionais divulgaram em 2007 a Classificação Brasileira de
Procedimentos em Fonoaudiologia ampliando a visibilidade do Fonoaudiólogo no
SUS.
O grande “salto” da Fonoaudiologia no
SUS foi em 2008, devido a Portaria 154 do MS de 24 de janeiro que autorizou a
implementação dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF). Deste período em
diante a Fonoaudiologia tem muito a se orgulhar! Está inserida em políticas e
práticas de promoção a saúde, redes de atenção saúde, vigilância em saúde,
planejamento e gestão, cuidado na produção de saúde, políticas públicas
nacionais de aleitamento materno e saúde do recém-nascido, além de políticas
públicas de educação.
Temos muito a que nos orgulhar!
Construímos uma base sólida e hoje estamos inseridos nas diversas instância de
atenção e promoção de saúde! Parabéns Fonoaudiólogos por todas estas
conquistas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário